quinta-feira, 21 de março de 2013

Desfiles SP Fashion Week

                                                                  FAUSE HATEN

“Qual o tema da coleção? Não tem tema, você é que escolhe. Uma pessoa pode falar isso, e outra falar aquilo. Eu acredito que hoje em dia não é mais o estilista que define, é o consumidor. Então se você viu fantasia, é fantasia, se você viu teatro, é teatro”. Foi assim que Fause Haten, retrato da serenidade, se “explicou” aos jornalistas que se amontoavam ao seu redor após a apresentação da FH por Fause Haten no teatro da Faap, como parte da agenda do SPFW Verão 2013/14. De fato, fica difícil colocar um rótulo no evento, que não teve passarela e nem modelos, e sim, um pequeno tablado à frente do palco de cortinas fechadas, um grupo de manipuladores vestidos de preto e um casting de marionetes muitíssimo elegantes que caminhavam e posavam para os fotógrafos como as modelos que elas representavam. “Quando vi que poderia escolher os rostos, pensei: ‘Quem são as modelos que eu sempre quis ter na passarela? Sempre quis ter a Karen Elson, a Linda [Evangelista]; adoro ter a Alícia [Kuczman], a Paola Ludtke. Então vamos fazer uma homenagem a elas. E no final, vamos fazer a Maria Rita cantar, e o Fause e o Renato também pra agradecer!’”, ele contou.




































                                                                                                 


                                                                                   FERNANDA YAMAMOTO



Muito bonita e harmoniosa a coleção de Yamamoto, agradável para os olhos. Suas mulheres – ou personagens – parecem saídas de algum filme japonês. A composição entre os tons clarinhos, a peruca colorida, as peças de organza plastificada e a trilha, que mistura Nancy Sinatra e o produtor de techno experimental Andy Stott, resultam em uma estética retrô-futurista.
Ao fazer um trabalho com um amigo, o artista Nino Cais, que trabalha com a questão dos objetos da casa, Fernanda descobriu um ponto de partida para sua coleção de verão. O avental é o ponto de partida, que aparece integrado às peças de formas variadas, usando a técnica da dobradura, que Fernanda domina tão bem.
Na estamparia, os florais de toalhas de mesa aparecem ao lado das estampas de poá e xadrez, com efeito degradê. Flores pequeninas de plástico e couro aparecem em muitas peças, em um trabalho delicado e minucioso de bordado. Bom ver como a estilista tem se reinventado e evoluído a cada temporada sem sacrificar o seu DNA. (CY)


















                                                                                     JOAO PIMENTA



 “Optamos por uma coleção usável. Descobrimos um cliente que quer uma roupa certinha, mas também temos essa vontade de sair deste momento em que estamos que não se define. É uma experiência nova”, diz João.
Os tecidos são utilitários, mas com trabalho de alfaiataria. “Há uma família inteira de jeans, por exemplo, que não tem um pesponto, uma costura aparente. Pegamos tecidos de rua e fizemos uma modelagem mais requintada. Precisamos nos adequar à realidade, porque muitas vezes os tecidos que desenvolvo acabam morrendo na passarela”.
Portanto, a coleção tem um guarda-roupa masculino completo, com shorts (talvez um pouco curtos para essa aproximação com o cliente), camisas, ótimos paletós e jaquetas, ternos, calças e modelos para a noite, com detalhes bordados nas golas. As calças têm a cintura mais baixa, a perna mais justa e a barra mais curta, mas sem exageros ou Slimanismos. “O forte é a roupa real. Não temos nada conceitual que eu ache que as pessoas não irão querer consumir”. Alô, meninos! (CY)


















                                                                                       AGUA DE COCO

 “Não é fácil falar do Brasil sem cair no estereótipo”, admitiu Liana Thomaz sobre o tema da coleção Verão 2013/14 da Água de Coco. A solução da marca foi optar por uma abordagem diversificada, que foi da natureza ao design, em um desfile composto por cinco blocos de criação: o primeiro, inspirado no paisagista Roberto Burle Marx, é marcado pelas estampas de folhagens, com texturas que representam as nervuras das plantas. O segundo celebra o artesanato brasileiro e o trabalho dos irmãos Campana (coincidentemente, curadores desta edição do SPFW) em peças com tramas e estampas que remetem a cestaria. O terceiro, das frutas tropicais, tem estampas de manga, maracujá, caju e banana. O bloco das aves brasileiras traz imagens de arara azul e amarela, tucano e tuiuiú, com texturas caneladas que fazem alusão ao mar. O último, das pedras preciosas, tem citrinos e ametistas em estado bruto presos aos maiôs e biquínis; Liana Thomaz comentou antes do desfile que uma das peças chega a custar 12 mil reais! Detalhe 1: repare que a modelagem é diferente em cada bloco: no das joias, por exemplo, ela é “toda costurada como se fosse lapidada”, como explicou Liana. Detalhe 2: todas as estampas são de fotografias de Eduardo Rezende, feitas especialmente para a coleção. Detalhe 3: Linda, Carol Trentini abriu o desfile mostrando a barriguinha (“inha” mesmo) de cinco meses de gravidez. (SL)


























                                                                                                         NEON


Agora, nesse aniversário, eles reafirmam sua identidade com uma coleção ultracolorida, étnica e estampada que celebra a mulher Neon: exuberância, tops-caftans, volumes, cintura alta, pantalonas, túnicas e bons maiôs. A dupla deu uma plasticidade gráfica à etnia (tudo anda gráfico nessa estação) e fez o seu mix de praia e cidade. E os acessórios do novo designer Christopher Alexander marcam presença com inspiração nas obras de Alexander Calder. “Chegamos aos nossos 10 anos reafirmando nossa alma e nosso estilo”, diz Dudu. (CY)

















                                                                                        

                                                                                                     TRITON















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